quarta-feira, 14 de abril de 2010

Para os gulosos da proficiência e os interessados em geral!!


BRIGADEIRO: gostinho de Brasil!

Segundo Juliana Motter, o brigadeiro é um doce genuinamente brasileiro. Surgiu na década de 1940, na campanha eleitoral do Brigadeiro Eduardo Gomes, candidato à presidência da República. Sem nome na época, o doce de chocolate era coberto por uma fina camada de açúcar e acabou sendo batizado com o nome da condecoração do candidato. Veja uma receita clássica:


Brigadeiro tradicional
Rende: 30 brigadeiros

Ingredientes

:: 1 lata de leite condensado
:: 4 colheres (sopa) de chocolate em pó (ou 8 colheres de raspas do seu chocolate favorito)
:: 1 colher (sopa) de manteiga extra sem sal
:: raspas de chocolate para confeitar

Modo de fazer

Abra a lata de leite condensado e despeje na panela. Acrescente o chocolate em pó (ou as raspas de chocolate), misture bem, junte a manteiga e leve ao fogo baixo, mexendo sempre até que a massa desgrude do fundo da panela. Quando estiver no ponto, retire da panela e transfira para um recipiente de louça untado com manteiga. Deixe esfriar, molde as bolinhas, passe-as em raspas de chocolate ao leite ou meio-amargo e acomode-as nas clássicas forminhas de papel plissado.


Bolo brigadeiro

Rende: 8 porções

Ingredientes

:: 2 xícaras (chá) de farinha de trigo
:: 2 xícaras (chá) de açúcar
:: 1 xícara (chá) de chocolate em pó
:: 1 colher (sopa) de fermento em pó
:: 1 pitada de sal
:: 3 ovos
:: 1 xícara (chá) de manteiga sem sal
:: 1 xícara (chá) de água fervente

Ingredientes da cobertura

:: 2 receitas de brigadeiro (preparadas conforme instruções abaixo)
:: raspas de chocolate (para confeitar)
:: 1 lata de creme de leite

Modo de fazer
Em uma vasilha grande, de metal ou louça, coloque os ingredientes secos do bolo: a farinha de trigo, o açúcar, o chocolate em pó, o fermento em pó e o sal. Faça um buraco no meio e junte os ingredientes líquidos (ou quase): os ovos, a manteiga derretida e a água. Bata imediatamente na batedeira (para não cozinhar os ovos) até a massa ficar bem homogênea (aproximadamente 5 minutos, na velocidade máxima). Despeje-a em uma forma untada com manteiga e enfarinhada, assando em forno médio (180 graus), preaquecido, por 35 minutos ou até que o bolo esteja assado. Teste com o palito. Prepare a cobertura: faça o brigadeiro e, quando estiver no ponto, acrescente a lata de creme de leite e continue mexendo por mais 5 minutos. Apague o fogo. Corte a massa do bolo ao meio, no sentido horizontal, recheie e cubra com o brigadeiro morno e decore com as raspas de chocolate.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Rio de Janeiro: uma prece...


Independentemente de nossa fé, de nossas crenças, quero deixar aqui, em forma de música, uma homenagem a todos os cariocas que estão sofrendo com as chuvas e os desabamentos no Rio de Janeiro... Conheçam a letra e a música "Ave Maria no morro", composta por Herivelto Martins em 1942 e que se tornou o maior sucesso do grupo Trio de Ouro, na voz de Dalva de Oliveira, uma das maiores cantoras brasileiras do século XX.




Ave Maria do Morro

Herivelto Martins

Canta: Dalva de Oliveira


Barracão de zinco
Sem telhado, sem pintura
Lá no morro
Barracão é bangalô...

Lá não existe
Felicidade de arranha-céu
Pois quem mora lá no morro
Já vive pertinho do céu...

Tem alvorada, tem passarada
Ao alvorecer...
Sinfonia de pardais
Anunciando o anoitecer...

E o morro inteiro no fim do dia
Reza uma prece, Ave Maria!
E o morro inteiro no fim do dia
Reza uma prece, Ave Maria!

Ave Maria!


Se quiser ouvir a canção, interpretada por Caetano Veloso e João Gilberto, clique em: http://www.youtube.com/watch?v=W1pelCixL2o

domingo, 11 de abril de 2010

Gramática: Jogo de ortografia


Quer se divertir um pouco e ver o quanto você sabe
da ortografia da língua portuguesa?
Clique em: http://www.soportugues.com.br/secoes/jogos.php#
e jogue o "Descubra as erradas".
Bom divertimento!

BAFICI - Cinema Brasileiro




Quer conhecer a programação de cinema brasileiro
no BAFICI 2010?



Clique em: http://www.casadobrasil.com.ar/pop_bafici.htm

História: Jesuítas no Brasil



Jesuítas - Saga tropical
Manuscritos do Arquivo Nacional detalham aatuação da Companhia de Jesus no Brasil

A importância dos jesuítas nos três primeiros séculos da História do Brasil é de tal dimensão que aos padres da ordem fundada por Santo Inácio de Loiola poderia ser dado o título de "construtores de império" — um império tropical onde encontraram a glória e a desgraça. Peças-chave na expansão ultramarina de Portugal no século XVI, eles chegaram ao país em 1549 — no minúsculo grupo que incluía o padre Manuel da Nóbrega —, meteram-se em boa parte do território nacional, enfrentaram a amargura da expulsão por motivos políticos, voltaram com força menor e foram imortalizados em ilustrações de gosto duvidoso, sempre a catequizar hordas de índios. Documentos encontrados por pesquisadores do Arquivo Nacional, no Rio de Janeiro, mostram uma faceta mais cotidiana da saga jesuítica em terras brasileiras. Ao ordenar todo o acervo que cobre o período colonial brasileiro, historiadores encontraram manuscritos que detalham a convivência dos membros da Companhia de Jesus com os índios, com outras ordens religiosas e com as autoridades portuguesas durante quase 300 anos. Acreditava-se que boa parte desse pacote havia voltado para Portugal junto com a corte de dom João VI e o acervo da Biblioteca Real, em 1821.
No auge da influência da Companhia de Jesus, a troca de correspondências entre burocratas da colônia e do império mostra a extensão da autoridade dos jesuítas. "São sempre os primeiros a que costumam recorrer nas dificuldades e perigos os meus governantes e capitães", relata o escrivão da Fazenda João Dias da Costa, em 23 de março de 1664, ano em que o prodigioso padre Antônio Vieira tinha sob sua jurisdição 52 aldeias indígenas. A documentação mais extensa, no entanto, é a que retrata a perseguição política contra os religiosos. Está no Arquivo Nacional o processo que acusa os marqueses de Távora de atentar contra a vida de dom José I, rei de Portugal, em 1758. No mesmo complô foi envolvido um grupo de jesuítas — pretexto usado para a expulsão da Companhia de Jesus dos domínios portugueses, decretada pelo marquês de Pombal, um primeiro-ministro resolvido a implodir o poder das ordens religiosas. A partir de 1759, quando é determinada a expulsão, a campanha vira caça às bruxas. Num dos documentos, o próprio Pombal avisa que os jesuítas se estariam disfarçando com hábitos de outras ordens para continuar no Brasil. Há ainda documentos que tratam de confisco dos bens, como a Fazenda Nacional de Santa Cruz, no Rio de Janeiro, uma das maiores propriedades da Companhia de Jesus no país. Nessa leva de manuscritos, o termo 'jesuitismo" começa a aparecer como sinônimo de 'dissimulação", como está até hoje no Aurélio. Documentos como esses, descobertos em meio a volumes empoeirados, não mudam a História do Brasil colônia, mas mostram que uma parte dela ainda pode estar perdida nos acervos brasileiros.


sábado, 10 de abril de 2010

Cultura brasileira: O povo brasileiro


Quer ler um resumo e comentário sobre o livro "O povo brasileiro", do

sociólogo Darcy Ribeiro?

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Literatura/História: Inconfidência Mineira


Inconfidência Mineira

No século XVIII, a ascensão da economia mineradora trouxe um intenso processo de criação de centros urbanos pela colônia acompanhada pela formação de camadas sociais intermediárias. Os filhos das elites mineradoras, buscando concluir sua formação educacional, eram enviados para os principais centros universitários europeus. Nessa época, os ideais de igualdade e liberdade do pensamento iluminista espalhavam-se nos meios intelectuais da Europa.
Na segunda metade do século XVIII, a economia mineradora dava seus primeiros sinais claros de enfraquecimento. O problema do contrabando, o escasseamento das reservas auríferas e a profunda dependência econômica fizeram com que Portugal aumentasse os impostos e a fiscalização sobre as atividades empreendidas na colônia. Entre outras medidas, as cem arrobas de ouro anuais configuravam uma nova modalidade de cobrança que tentava garantir os lucros lusitanos.
No entanto, com o progressivo desaparecimento das regiões auríferas, os colonos tinham grandes dificuldades em cumprir a exigência estabelecida. Portugal, inconformado com a diminuição dos lucros, resolveu empreender um novo imposto: a derrama. Sua cobrança serviria para complementar os valores das dívidas que os mineradores acumulavam junto à Coroa. Sua arrecadação era feita pelo confisco de bens e propriedades que pudessem ser de interesse da Coroa.
Esse imposto era extremamente impopular, pois muitos colonos consideravam sua prática extremamente abusiva. Com isso, as elites intelectuais e econômicas da economia mineradora, influenciadas pelo iluminismo, começaram a se articular em oposição à dominação portuguesa. No ano de 1789, um grupo de poetas, profissionais liberais, mineradores e fazendeiros tramavam tomar controle de Minas Gerais. O plano seria colocado em prática em fevereiro de 1789, data marcada para a cobrança da derrama.
Aproveitando da agitação contra a cobrança do imposto, os inconfidentes contaram com a mobilização popular para alcançarem seus objetivos. Entre os inconfidentes estavam poetas como Claudio Manoel da Costa e Tomas Antonio Gonzaga; os padres Carlos Correia de Toledo, o coronel Joaquim Silvério dos Reis; e o alferes Tiradentes, um dos poucos participantes de origem popular dessa rebelião. Eles iriam proclamar a independência e a proclamação de uma república na região de Minas.
Com a aproximação da cobrança metropolitana, as reuniões e expectativas em torno da inconfidência tornavam-se cada vez mais intensas. Chegada a data da derrama, sua cobrança fora revogada pelas autoridades lusitanas. Nesse meio tempo, as autoridades metropolitanas estabeleceram um inquérito para apurar uma denúncia sobre a insurreição na região de Minas. Através da delação de Joaquim Silvério dos Reis, que denunciou seus companheiros pelo perdão de suas dívidas, várias pessoas foram presas pelas autoridades de Portugal.
Tratando-se de um movimento composto por influentes integrantes das elites, alguns poucos denunciados foram condenados à prisão e ao degredo na África. O único a assumir as responsabilidades pela trama foi Tiradentes. Para reprimir outras possíveis revoltas, Portugal decretou o enforcamento e o esquartejamento do inconfidente de origem menos abastada. Seu corpo foi exposto nas vias que davam acesso a Minas Gerais. Era o fim da Inconfidência Mineira.
Mesmo tendo caráter separatista, os inconfidentes impunham limites ao seu projeto. Não pretendiam dar fim à escravidão africana e não possuíam algum tipo de ideal que lutasse pela independência da “nação brasileira”. Dessa forma, podemos ver que a inconfidência foi um movimento restrito e incapaz de articular algum tipo de mobilização que definitivamente desse fim à exploração colonial lusitana.

Por Rainer Sousa - Equipe Brasil Escola
Fonte: http://www.brasilescola.com/historiab/inconfidencia-mineira.htm